Revoltou-se,
pois, o seminarista enquanto em seu estado introspectivo estudava
Se o tecido
cobre a alma, também esconde o pecado
Ali ao lado
pode muito bem morar a santa ignorância.
Dia vai,
dia vem e as capas uniformizavam o seu espírito saltitante
Era um
tédio...
Mas o
conhecimento diário ainda alimentava os neurônios que viviam nus entre um
pensamento e outro
- Isso sim vale
muito a pena! resmungava
Ansioso pelo
próximo capítulo e o próximo também. Haveria outro? O derradeiro?
Tudo no
seminário era tão rico e tão pobre, tão tudo e tão nada, tão espiritual e tão
carnal
Bom mesmo
seria estar pelado do espírito para absover a essência do aprendizado, sem
filtro, mas com a mente aberta ao novo e puro, ao essencial.
O seminarista
queria a receita da felicidade.
Foi assim o
aprendizado do primeiro sermão...
... sob o olhar estarrecido dos alunos o grande
mestre apareceu pelado e começou o discurso com a seguinte reflexão:
- O corpo é
a casca da alma. Pode a casca dizer se o fruto é bom?
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