domingo, 2 de dezembro de 2012

consumado



consumado é um adjetivo tão peculiar que deixa no ar
um olhar  velado
de espanto?
de encanto?
afinal, sendo assim, nada mais há?
Não pode ser que se rumine a vida em fios de capim dourado
e que se engula e remastigue entre os dentes, mais uma vez e mais uma, até que o brilho se esvaneça e os fios se entrelacem consumando o ato da digestão.
Pode-se mesmo ruminar a vida? e consumá-la?
Melhor seria consumi-la em pedaços deliciosos, ora dolorosos, ora prazerosos
ora delicados, ora ruidosos.
Enquanto o vento sopra a música de cada um em seus ouvidos e embala a novidade de um dia, mostra-se o deleite de ser, apenas ser o que se pode ser.
De ver nascer o sol, mesmo que entre nuvens, e imaginar o consumismo exacerbado da humanidade com a possibilidade de consumir somente um dia... de cada vez.

Um comentário:

  1. uau,
    que indicação filosófica.
    nunca parei pra pensar nesses termos, mas sabes que tens razão?!
    e em troca, prometo-te pensar muito a respeito.

    um beijo.

    mimi

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