domingo, 15 de fevereiro de 2015

alzeimer



Rugas que escondem a história de alguém

Sulcos de lágrimas, corridas incessantes que se emaranham entre ontem e o amanhã

Recorda o ontem, quando o pode lembrar

Senta-se em seu balançar na cadeira diária da esperança

Mas a sua herança pode ser mais do que os sulcos da experiência, interfere no seu tratamento

Gosta-se pelo que se tem e pelo que se pode deixar

O gene? Para que serve?

A experiência? Ninguém quer saber.

A história da vida enfada a alma dos sucessores que desejam ardentemente a liberdade do cuidado

Liberdade é a terceira idade a que todos terão um dia e para a qual ninguém se prepara

Somos a geração da ESTATÍSTICA que prega muitos velhos em poucos anos

O que será de nós, brasileiros, sem aposentadoria, sem plano de saúde, sem cuidadores, sem ninguém que nos acolha?

Teremos pelo menos a nossa mente para lembrarmos da juventude resplandescente?

Entre as voltas e os abismos de cada cérebro há uma  história para construir entre os anos que se vão


Construo a minha e você constrói a sua. Lembremo-nos pois quando a estatística bater em nossa porta.

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