Isto é quase uma bebida que se consome em dias de alto calor
e me consome como um ácido corrosivo. Em dias de explosão tecnológica não
consigo parar os neurônios para não fazer nada. E em tudo não faço nada porque
as horas intermináveis de desenfreada produção consomem o meu eu. Nem me sinto
mais e fico errante em pensamentos que se desencontram como pulsos energéticos
sem força para produzir uma faísca qualquer.
Nem sei se sou eu ou o outro que se apossa do meu corpo para tomar de mim a tranquilidade que pareço ter. O meu outro eu, sereno, que nunca se abala não tem forças para se impor e fico a mercê da impaciência.
Um caminho de coisas desinteressantes eu percorro e não consigo achar algo para me apegar. Não há graça nas coisas, não há graça nas pessoas e toda a pluralidade me sufoca tanto que desejo apenas as palavras. Elas surgem como boas amigas de qualquer hora e quase dizem a verdade em letras que são atraídas para formarem textos perfeitos.
O que me faz seguir nem sei dizer, mas aqui sou tão livre e longe da realidade que as letras caem como plumas. E vislumbro a alva neve que cobre uma montanha e desenha uma linha perto do horizonte. Vejo-me só, mas isto não me assusta porque este é o lugar perfeito.
As pessoas? Quero apenas as que conseguirem insanidade suficiente para entender que o agrado interesseiro não vale nada, que não desejo ser diferente. Deixa-me ser o que sou e seja o que você é, se quiseres. Porque tudo acaba em pizza e as minhocas hão de devorá-la rapidamente. Dura realidade... mas é isso. Somos todos pizza.
Nem sei se sou eu ou o outro que se apossa do meu corpo para tomar de mim a tranquilidade que pareço ter. O meu outro eu, sereno, que nunca se abala não tem forças para se impor e fico a mercê da impaciência.
Um caminho de coisas desinteressantes eu percorro e não consigo achar algo para me apegar. Não há graça nas coisas, não há graça nas pessoas e toda a pluralidade me sufoca tanto que desejo apenas as palavras. Elas surgem como boas amigas de qualquer hora e quase dizem a verdade em letras que são atraídas para formarem textos perfeitos.
O que me faz seguir nem sei dizer, mas aqui sou tão livre e longe da realidade que as letras caem como plumas. E vislumbro a alva neve que cobre uma montanha e desenha uma linha perto do horizonte. Vejo-me só, mas isto não me assusta porque este é o lugar perfeito.
As pessoas? Quero apenas as que conseguirem insanidade suficiente para entender que o agrado interesseiro não vale nada, que não desejo ser diferente. Deixa-me ser o que sou e seja o que você é, se quiseres. Porque tudo acaba em pizza e as minhocas hão de devorá-la rapidamente. Dura realidade... mas é isso. Somos todos pizza.
Há dias em que me sinto também assim. E a resposta de que somos tal pizza é sempre uma pergunta do porquê de dar tanta importância aos pingos nos ís: antes de ter cumprida qualquer obra, nessa procura pela perfeição, errante, cambaleante, vacilante ou segura de mim morrerei em estado de depuração.
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