Claro e escuro
o muro
divisa de algo que se imagina:
o outro lado não é um só, um nó
cujas extremidades se entrelaçam e marcam cada parte.
O mundo é um nó gigante aonde as partes são marcadas umas pelas outras,
um enlace que se aperta mutuamente, que sente o outro, que sofre as mesmas pressões
que chora, que arrebenta e deixa os fios esfiapados expostos.
A categoria inexiste e a corda que sustenta esta humanidade hipócrita permanece a mesma.
Um fio não suporta o eixo Terrestre...
Mas que porcaria este homem que não vê a importância do outro, não enxerga suas próprias chagas, cospe na face do irmão e delicia-se com aquele que o atraiçoa.
Acrobata da vida, sente-se imortal, naquela imortalidade estúpida e cega!
Transpõe obstáculos, pobre homem.
Alicia riquezas que não preenchem o vazio que lhe faz doer as entranhas quando se recolhe, imagina que pode ser feliz.
A alegria, procura-a em toda parte, e tão perto está:
na mão estendida, no carinho, na fraternidade que harmoniza a vida, no ser que se dilata e humildemente faz-se parecer humano. A alegria está em servir, não em ter.
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