terça-feira, 5 de abril de 2011

Indignação feminina...

A profundidade do teu olhar encontra-se com o meu, lacrimejante.



Não quero sentir o que sinto, tampouco demonstrar esta indignação feminina que passa todos os dias por mim, vejo-a, sinto-a. Enquanto a mulher se debruça sobre si mesma, busca respostas não reveladas e o pergaminho desdobra-se como mais uma página virada, que se abre e fecha-se sem interrupção.


Ela não sabe, mas o poder lhe ronda, escapa-lhe entre os dedos alongados que delicadamente revolvem uma mexa de cabelo sobre os olhos brilhantes; enquanto caminha e executa as rotinas do dia - sente, nas mãos, a pele espessa e endurecida devido ao atrito da vida.


Ah! Mulher. Éreis bela e atraente, doce e caudalosa como a cachoeira que se forma do nada e penetra em fissuras inatingíveis, e o teu som era tão forte quanto o rugido do leão, e a força divina te assegurava o direito à sabedoria, ao intelecto, à virtuosidade. Éreis viva como a lua que sonda a noite e espera o amanhecer, quente como o sol que surge intrépido com seus raios cuja influência se atreve a me seguir. Queima-me por um breve momento!


Eu sou você todos os dias. A tua sombra é também, a minha. Fundem-se as personalidades entre nós duas e vejo-me em ti, na tua história.


As características marcantes e a docilidade perdem-se nesta maratona diária, e a duração prolongada dos fatos deixa-nos como prêmio - a fadiga, distantes do objetivo mais importante: o relacionamento com o grupo de pessoas que vivem sob o mesmo teto, a nossa família!



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