quarta-feira, 28 de julho de 2010

Claro e escuro


o muro

divisa de algo que se imagina:

o outro lado não é um só, um nó

cujas extremidades se entrelaçam e marcam cada parte.

O mundo é um nó gigante aonde as partes são marcadas umas pelas outras,

um enlace que se aperta mutuamente, que sente o outro, que sofre as mesmas pressões

que chora, que arrebenta e deixa os fios esfiapados expostos.

A categoria inexiste e a corda que sustenta esta humanidade hipócrita permanece a mesma.

Um fio não suporta o eixo Terrestre...

Mas que porcaria este homem que não vê a importância do outro, não enxerga suas próprias chagas, cospe na face do irmão e delicia-se com aquele que o atraiçoa.

Acrobata da vida, sente-se imortal, naquela imortalidade estúpida e cega!

Transpõe obstáculos, pobre homem.

Alicia riquezas que não preenchem o vazio que lhe faz doer as entranhas quando se recolhe, imagina que pode ser feliz.

A alegria, procura-a em toda parte, e tão perto está:

na mão estendida, no carinho, na fraternidade que harmoniza a vida, no ser que se dilata e humildemente faz-se parecer humano. A alegria está em servir, não em ter.

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